Financiamento Imobiliário

O que é o índice IPCA no financiamento imobiliário? Confira aqui!

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03/11/2025

Uma das questões às quais você mais deve se atentar na hora de comprar um imóvel é o índice que irá entrar no cálculo do financiamento imobiliário, ou seja, o índice pelo qual será calculada a taxa de juros das parcelas.  Recentemente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se tornou uma das opções de financiamento mais utilizadas, mas ainda há muitas dúvidas sobre o assunto. Continue a leitura e saiba detalhes sobre o IPCA no financiamento imobiliário.

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O que é o índice IPCA?

O IPCA é o Índice de Preços para o Consumidor Amplo. Essa é a principal métrica utilizada pelo Banco Central (BC) para acompanhar a inflação da economia brasileira, utilizando seus dados para, inclusive, fazer projeções para os próximos períodos.

Lançado mensalmente pelo IBGE, o IPCA foi criado no final dos anos 1970 para medir a variação de preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. O índice abrange itens como alimentação, habitação, transportes, saúde, educação, entre outros.

Além de seu uso para a variação de preços, hoje também se mostra um indicador importante para fazer correção em investimentos, já que muitos deles estão ligados a essa taxa. É o caso do Tesouro Direto, Letras de Crédito Imobiliário e Fundos de Investimento.

Como o IPCA é calculado?

Para calcular o IPCA, são coletados no primeiro ou último dia de todos os meses dados de preços do comércio, de aluguéis e prestadores de serviço. Depois, eles são distribuídos nos seguintes pesos (aproximados):

  • Transportes: 21%
  • Alimentação e bebidas: 19%
  • Habitação: 15%
  • Saúde e cuidados pessoais: 13%
  • Despesas pessoais: 10%
  • Comunicação: 6%
  • Educação: 6%
  • Vestuário: 5%
  • Artigos de residência: 4%

O cálculo é feito com base em 16 das principais regiões metropolitanas do Brasil. Cada uma delas tem um peso diferente, sendo a distribuição aproximadamente a seguinte:

  • São Paulo: 32%
  • Belo Horizonte: 10%
  • Rio de Janeiro : 9%
  • Porto Alegre: 8%
  • Curitiba: 8%
  • Salvador: 6%
  • Goiânia: 4%
  • Brasília: 4%
  • Recife: 4%
  • Belém: 4%
  • Fortaleza: 3%
  • Vitória: 2%
  • São Luís: 2%
  • Campo Grande: 1%
  • Aracaju: 1%
  • Rio Branco: 0,5%

A média é comparada com o período anterior, de modo que é possível chegar ao resultado final do índice. Também existe a média acumulada de forma anual.

É importante mencionar que o percentual encontrado nos cálculos está diretamente ligado à taxa SELIC. Esta é a taxa básica de juros, utilizada por bancos e instituições de financiamento para calcular a cobrança de financiamentos e dívidas, sendo a principal forma de controlar a inflação no Brasil.

Ou seja: quando o IPCA estiver em alta, entende-se que o objetivo é frear o consumo, pois há muito dinheiro em circulação. O mesmo vale para a situação contrária: a taxa baixa de preços mostra a necessidade de incentivar o comércio.

O que são as altas e baixas do IPCA?

Como explicado anteriormente, uma das causas das altas e baixas do IPCA é o ajuste da SELIC. Porém, essa não é a única razão pela oscilação de preços.

A elevação, ou seja, a inflação, também está diretamente ligada a fatores econômicos. Por exemplo: um aumento na exportação da safra de determinados alimentos significa redução do estoque para abastecimento interno. Com isso, há uma alta dos itens para compensar a falta de suprimento da demanda.

A injeção de mais dinheiro em circulação, assim como decisões políticas ou eventuais catástrofes também são capazes de alterar os preços internos. No caso de imóveis, por exemplo, é possível notar diferenças em relação à valorização da área.

Como consultar o IPCA atual?

Para saber o IPCA atual, basta acessar o site do IBGE. Lá, você encontra as variações mensais da inflação, além de outros indicadores sociais, econômicos e agropecuários.

Outros índices que influenciam a inflação além do IPCA

A economia brasileira conta com diferentes índices para medir a inflação em contextos específicos. Esses indicadores são utilizados para calcular reajustes e analisar variações de preços em setores variados. Confira os principais:

  • INCC (Índice Nacional da Construção Civil): mede as variações nos custos de materiais, mão de obra e serviços da construção civil. É amplamente usado para reajustar financiamentos de imóveis adquiridos na planta.
  • IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo): avalia a variação de custos nos setores industrial e agropecuário, considerando negociações entre empresas, antes que os produtos cheguem ao consumidor final.
  • IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado): conhecido como a “inflação do aluguel”, reflete variações de preços em diferentes setores, especialmente no atacado e nos custos de produtores. É amplamente utilizado para reajustar contratos de aluguel e serviços.
  • INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): mede o impacto da inflação em famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos. É utilizado para ajustes de salários, benefícios sociais, contratos de aluguel e valorização de imóveis.
  • IPC-FIPE (Índice de Preços ao Consumidor – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas): calculado pela FIPE, acompanha o custo de vida de famílias da cidade de São Paulo com renda de até 20 salários mínimos, sendo muito utilizado para análises regionais.

O índice IPCA no financiamento imobiliário

Imagem que representa o conceito de investimento em imóveis, mostrando uma mão segurando uma moeda que está sendo depositada em uma casa de madeira, com pilhas de moedas ao lado.

O índice IPCA no financiamento imobiliário. (Fonte: Freepik)

Além de mostrar as taxas de inflação no país, o IPCA também é muito vantajoso para quem deseja fazer um financiamento imobiliário. Isso porque o índice também pode ser atrelado ao investimento em imóveis, com a taxa de juros atrelada à inflação.

Decidir financiar um imóvel pelo IPCA envolve diversos fatores, como a estabilidade econômica do país, as expectativas de inflação futura e a capacidade financeira para enfrentar possíveis variações nas prestações.

Se a inflação está controlada e você busca prestações iniciais mais baixas, o financiamento pelo IPCA pode ser uma boa alternativa. Um dos atrativos desse índice é que suas variações tendem a ser mais moderadas em comparação a outros indicadores, como o IGP-M.

No entanto, nessa modalidade, as parcelas não são fixas, de modo que pode dificultar um pouco na questão de previsibilidade. Afinal, o reajuste seria mensal. Por conta disso, é importante acompanhar as projeções de inflação para os próximos períodos, de modo que seja  possível fazer uma estimativa das parcelas que ainda faltam para serem quitadas.

Desta forma, antes de fazer um financiamento imobiliário, é interessante buscar as taxas mais recentes do IPCA e as previsões para o futuro. Considerando que é um índice lançado por instituições governamentais, as fontes são seguras e é possível trabalhar com maior transparência.

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FAQ

Como funciona o simulador de financiamento imobiliário online?
A ferramenta simula quanto o cliente pode financiar com base em renda, valor do imóvel, entrada e prazos. Ela é gratuita e acessível para todos os parceiros.

Quem pode indicar clientes?
Corretores de imóveis, consultores, imobiliárias e profissionais que atuam como correspondente imobiliário Caixa, Bradesco, Santander ou outros bancos — ou que desejam começar agora.

A comissão é garantida mesmo se o imóvel não estiver na Agente Imóvel?
Sim! O imóvel pode ser de qualquer plataforma ou contato direto com o cliente.

Como ser um correspondente bancário imobiliário com a Agente Imóvel?
Não é necessário certificação formal. Basta preencher nosso formulário de parceria, seguir nosso processo e começar a indicar.

Trabalham com financiamento pela Caixa?
Sim! Somos correspondente Caixa para financiamento imobiliário e temos acesso direto às simulações, taxas e condições da CEF.

1. O que esperar do mercado imobiliário em 2025?
O ano de 2025 traz um cenário misto para o mercado imobiliário: juros mais altos com a Selic projetada acima de 13%, o que encarece o financiamento, mas também abre espaço para novas oportunidades em segmentos como alto padrão, imóveis sustentáveis e locação.


2. Como a alta da SELIC afeta o financiamento imobiliário?
Com a SELIC acima de 13% ao ano, os bancos aumentaram as taxas de financiamento. Isso significa crédito mais caro, exigência maior de entrada (30% em alguns casos), e foco em compradores com mais renda ou capacidade de negociação.


3. Qual segmento segue aquecido apesar dos juros altos?
O mercado de imóveis de alto padrão segue forte, com destaque para o Nordeste, que registrou aumento de 28% na busca por imóveis de luxo em 2024. Esse movimento deve continuar em 2025.


4. Imóveis sustentáveis são tendência?
Sim. Há uma valorização crescente de imóveis sustentáveis, com sistemas de energia solar, captação de água e certificações verdes. Além de atrativos ambientais, esses imóveis costumam ter menor custo operacional e são mais valorizados na revenda.


5. O que é coliving e por que está em alta?
Coliving e flex living são modelos de moradia compartilhada ou flexível, ideais para jovens profissionais ou pessoas com estilo de vida mais dinâmico. Eles combinam praticidade, economia e senso de comunidade. A tendência é de crescimento nas grandes cidades.


6. Como a tecnologia impacta o setor imobiliário em 2025?
Ferramentas como inteligência artificial, realidade aumentada, assinaturas digitais e plataformas de busca inteligente estão se tornando padrão. Elas reduzem burocracia e aumentam a eficiência no processo de compra, venda e financiamento de imóveis.


7. O aluguel está em alta?
Sim. Com o crédito mais caro, muitas pessoas estão optando pela locação ao invés da compra. O mercado de aluguéis, especialmente de curta duração e contratos flexíveis, deve crescer ao longo de 2025.


8. O programa Minha Casa Minha Vida continua relevante?
Sim. Em 2024, o programa representou cerca de 50% das vendas de imóveis no país e continua como principal motor de habitação popular em 2025. As faixas de renda e subsídios atualizados devem manter a atratividade do programa.


9. Onde estão as maiores oportunidades para comprar imóveis em 2025?
Cidades com boa infraestrutura e polos emergentes como Centro-Oeste e Nordeste devem seguir valorizando. São Paulo e Rio de Janeiro ainda concentram grandes projetos, mas outras capitais ganham destaque pelo custo-benefício.


10. Como encontrar boas oportunidades no mercado atual?
A melhor forma é contar com dados de mercado atualizados, simulações realistas e assessoria especializada. A Agente Imóvel oferece uma plataforma completa com:

  • Simulador de financiamento

  • Avaliação de imóveis

  • Tendências por bairro e cidade

Acesse: www.agenteimovel.com.br

1. Qual o valor médio do m² para construir em 2025?
Em 2025, o custo médio para construir uma casa no Brasil varia entre R$ 1.800 e R$ 4.500 por metro quadrado, dependendo do padrão da obra e da região. O valor do m² para construção de alto padrão pode ultrapassar os R$ 5.000/m², especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo, Brasília e Florianópolis.

Para saber o custo exato, acesse nossa Calculadora de Reforma gratuita e faça a simulação personalizada.

2. Quanto custa construir uma casa de 100m² em 2025?
Considerando um padrão médio de construção, o custo estimado é de R$ 200.000 a R$ 350.000, dependendo dos acabamentos e da localização. Para casas de alto padrão, o valor pode chegar a R$ 500.000 ou mais.
Use nossa calculadora online e veja quanto custa construir exatamente a casa dos seus sonhos.

3. E quanto custa construir uma casa de 150m²?
Seguindo os mesmos parâmetros, o custo de construção de uma casa de 150m² pode variar entre R$ 270.000 e R$ 700.000, com variações conforme o projeto, padrão de acabamento e terreno.

Dica: Utilize a nossa calculadora de construção para ajustar os valores ao seu orçamento real.

4. Como calcular o valor para construir uma casa em 2025?
O cálculo básico é:

área construída (m²) × custo médio por m²

Por exemplo:
150 m² × R$ 3.200 = R$ 480.000

Mas esse valor pode mudar com o padrão do imóvel, terreno, mão de obra e acabamento. Para um resultado mais preciso, recomendamos o uso da Calculadora de Reforma da Agente Imóvel, que já considera tendências de 2025.

5. Como calcular o preço do metro quadrado de um terreno?
Para calcular o valor por m² de um terreno, basta dividir o preço total pela metragem:

Exemplo: terreno de R$ 180.000 com 300 m² → R$ 600/m²

Você pode comparar esse valor com outros terrenos da mesma região acessando o nosso índice de valor do metro quadrado por bairro e rua, disponível no site da Agente Imóvel.

6. Construir ainda é mais barato que comprar em 2025?
Em muitas regiões, sim. Construir pode gerar uma economia de até 30% em relação à compra de imóveis prontos, especialmente se o terreno já estiver quitado. Mas o ideal é comparar com os dados reais de mercado – e a Agente Imóvel oferece essas comparações gratuitamente.

7. Onde posso acompanhar o valor do metro quadrado por região?
Acesse o portal da Agente Imóvel e consulte valores por m² em mais de 50 mil ruas e bairros do Brasil. Os dados são atualizados com base em transações reais, tendências do mercado e índices como o CUB/m².

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Nathan Varda CEO
Nathan Varda é urbanista e empreendedor de PropTech com ampla experiência no mercado imobiliário. Mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo Technion, iniciou sua trajetória na Madlan, maior marketplace imobiliário de Israel. Hoje lidera a Propdo Brasil como Diretor Geral, aplicando tecnologia e dados para transformar a tomada de decisões no setor e criar soluções inovadoras na área.